USO MEDICINAL DA MACONHA: UMA ALTERNATIVA AO DIREITO À SAÚDE.

O artigo apresenta como princípio de sua fundamentação a possibilidade de compreender a filosofia de Platão como saber que intenciona, sobretudo, a formação e transformação do ser mesmo do homem, isto é, a alma mediante um processo terapêutico aplicado sobre si. Neste sentido será a partir da proposta interpretativa encontrada nas obras do helenista francês, Pierre Hadot, sobre a filosofia antiga, que inferir-se-á que em Platão há uma terapêutica da psyché, a qual, se fundamenta e se revela de maneira necessariamente (...) triádica: o cuidado de si, o conhecimento de si e o domínio sobre si, aqui denominados de “exercícios espirituais”, esta referida tríade, caracterizaria a filosofia platônica como um modo de vida, ou seja, uma proposta de ser abrangente que integre theoría e práxis. Por conseguinte, considera-se a existência de dois claros objetivos na filosofia como terapia da psyché que se justapõem: oferecer formação filosófico-espiritual à psyché e preparar ao bíos politiké. (shrink)

O artigo apresenta e desenvolve duas questões: as aulas de filosofia no ensino médio brasileiro e a filosofia de Platão. A primeira questão é trabalhada mais como consequência prática profissional, todavia, não abstendo-se de significativas contribuições teóricas. A segunda questão, ou seja, a filosofia de Platão, resulta de pesquisa acerca do filósofo ateniense, no que pode-se encontrar em sua extensa produção, e que venha diretamente a contribuir com a prática docente de profissionais de filosofia, que atuam, sobretudo, no magistério de (...) educação básica. (shrink)

O objetivo do artigo é apresentar e analisar o que é a Doutrina da Essência. Por que a essência é a esfera de mediação entre a lógica objetiva e a lógica subjetiva, e sendo a própria essência incluída na lógica objetiva? Essa é a questão que nos guia. Para isso, é claro, será necessário expor de modo geral o significado de cada um dos momentos da lógica de Hegel e como eles se relacionam. Ou seja, o que são e como (...) se relacionam as duas subdivisões da lógica (lógica objetiva e lógica subjetiva), o que são e como se relacionam os três momentos da lógico (ser, essência e conceito), e como se relacionam as duas subdivisões da lógica (lógica objetiva e lógica subjetiva) com os três momentos do lógico (ser, essência e conceito). Para alcançar nosso objetivo, analisamos algumas seções cruciais da Ciência da Lógica de Hegel. (shrink)

Dos textos originais, que possibilitaram as traduções que se seguem, o primeiro compõe o volume 3, número 2, da revista Archiv Für Rechts- Und Wirtschaftsphilosophie, abreviada por ARWP6, publicado em dezembro de 1909. O segundo, por sua vez, é fruto de uma conferência de abertura ministrada por Fritz Berolzheimer na ocasião do III Kongress der Internationalen Vereinigung für Rechts- und Wirtschaftsphilosophie, realizado entre os dias 02 e 05 de junho de 1914 na Akademie für Sozial- und Handelswissenschaften em Frankfurt am (...) Main. A abertura do congresso realizada por Berolzheimer, assim como outras conferências proferidas ao longo do mesmo, foi publicada em Stuttgart pela Franz Steiner Verlag no mês seguinte à realização do congresso, isto é, em julho de 1914 no volume 7, número 4, da ARWP. (shrink)

No decorrer do debate sobre o realismo científico, alguns antirrealistas, tal como Leo Tolstói e Larry Laudan, criaram um desafio cético para os realistas, questionando, com base na história da ciência, a crença realista de continuidade entre as teorias do passado, atuais e futuras. Stathis Psillos ofereceu uma réplica que ficou conhecida como realismo seletivo ou divide et impera, alegando que, através de um minucioso exame, podemos encontrar elementos teóricos de continuidade entre teorias passadas e atuais, assegurando, por analogia, que (...) as teorias futuras também possuirão elementos de continuidade com as atuais. A estratégia de Psillos, se bem empregada, pode evidenciar que a leitura realista de história da ciência também possui suas virtudes e deve ser considerada. Todavia, no presente artigo, argumentamos que mesmo que o realismo seletivo de Psillos se mostre aplicável, ele deve ser considerado como uma crítica a concepções descontinuístas em história da ciência e não necessariamente ao antirrealismo científico em geral, posto que o empirismo construtivo de Bas van Fraassen, por exemplo, admite a continuidade teórica na ciência. (shrink)

O argumento da abdução de Charles Peirce, ou raciocínio abdutivo, frequentemente foi identificado na literatura de Filosofia da Ciência com o argumento da inferência da melhor explicação (IBE) de Gilbert Harman. Essa identificação, embora muito comum, foi esclarecida como um equívoco, visto que enquanto a abdução descreve um processo gerativo de teorias, a IBE de Harman trata de um processo seletivo entre alternativas teóricas rivais. Todavia, Peter Lipton, buscando desenvolver IBE, apresentou uma estrutura muito similar à abdução peirciana com a (...) finalidade de oferecer um modelo capaz de descrever tanto os momentos de geração, quanto de seleção de teorias. O objetivo deste artigo é o de mostrar que as duas diferentes concepções de IBE (a de Harman e de Lipton) implicam diferentes concepções sobre a própria noção de aceitação: enquanto Harman deixa a aceitação para uma etapa avaliatória final, Lipton coloca a aceitação no interior do processo de geração de uma produção científica. (shrink)

Introdução: As aulas virtuais se tornaram o principal meio de ensino das instituições educacionais diante da pandemia, e essa mudança repercutiu diretamente na autoestima dos estudantes e consequentemente nos rendimentos acadêmicos. Objetivo: avaliar a autoestima dos estudantes de enfermagem em contexto pandêmico. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com uma abordagem quantitativa. A coleta e análise de dados se deu a partir da escala de autoestima de Rosenberg (The Rosenberg Self-Esteem) e de instrumento complementar desenvolvido pelos autores. A pesquisa foi (...) realizada no Centro de Educação e Saúde da Universidade Federal de Campina Grande, com 155 estudantes do Curso de Bacharelado em Enfermagem. Resultados: Dentre os participantess, 60,7% apresentam valores que indicam uma autoestima diminuída de modo geral. Os números indicam que a maioria absoluta apresentava uma baixa autoestima, decorrente do período vivenciado na pandemia, com uma pontuação entre 7 e 12 no escore, o que representa 89,7% dos entrevistados. Isso mostra que o desgaste vivenciado pelos estudantes durante esse tempo é presente e notório. Conclusão: A baixa autoestima está presente entre os estudantes, como mostram os resultados obtidos através dessa pesquisa, que podem sugerir que essa autoestima diminuída seja advinda do período vivenciado pela pandemia. (shrink)

What are human rights? What makes a particular human rights claim ‘genuine’ or ‘valid’? These are difficult questions with which current philosophical literature on human rights is concerned. They are also the same kind of questions that legal philosophers asked about Law throughout the 20th century. Drawing from the similarities between the two fields, I attempt to do with the concept of human rights something similar to what Ronald Dworkin accomplished with that of Law in Law’s Empire. First, I offer (...) a critique of the two dominant perspectives on human rights—the Orthodox and Political views—that is similar in character to Dworkin’s Semantic Sting objection to Legal Positivism. Second, I sketch an alternative, Dworkinian-inspired framework that seeks to develop the notion of human rights as an interpretive concept. According to this framework, different accounts of human rights are to be understood as expressing different interpretations of the point (or purpose) of human rights practice. (shrink)

Trata-se de uma tradução do texto Künstler und Psychoanalyse de Hermann Hesse, incluso no Almanach der Psychoanalyse, que foi publicado pela Internationaler Psychoanalytischer Verlag de Wien em 1926.

Este artigo pretende oferecer uma apresentação e análise do artigo “On the distinction between Peirce’s abduction and Lipton’s Inference to the best explanation”, de Daniel Campos. Apresentamos uma reconstrução da argumentação de Campos a favor da distinção entre abdução e inferência da melhor explicação, enfatizando a interpretação de Campos sobre inferência da melhor explicação na perspectiva de Peter Lipton. Em contraposição a Campos, que defende uma distinção parcial entre abdução e a inferência da melhor explicação, neste artigo sugerimos uma distinção (...) completa entre as formas de raciocínio. (shrink)

Nesta investigação, propomo-nos demonstrar que Jesus foi um verdadeiro contador de histórias. A narrativa lucana conhecida tradicionalmente por parábola do Filho pródigo não é propriamente uma parábola, pois assume os contornos formais de um conto, podendo-se nela encontrar as caraterística centrais do género literário “o conto”. Nela encontramos propriedades configuradoras da sua individualização como género: a conclusão moralizante de uma história fechada, com princípio, meio e fim; a concentração de espaço, tempo e reduzido número de personagens; a curta extensão sintagmática, (...) mas sempre extensa comparada com a das parábolas. Em suma, concluímos que estamos perante um verdadeiro e extraordinário conto. Há, no entanto, outras narrativas evangélicas que pelas suas características se assemelham à do Filho pródigo. Podemos assim identificar a do Administrador infiel, a narrativa dos Vinhateiros homicidas, a das Moedas de ouro e respetivos paralelos de Mt, que se revestem de característica muito semelhantes às do Filho pródigo, apesar de muito menos desenvolvidas e que, no fundo, as consideramos como sendo embriões de contos. (shrink)

Este artigo, um recorte de pesquisa de Doutorado, objetiva desvelar as percepções de 208 professores de filosofia do Paraná no sentido de buscar evidenciar quais seriam as especificidades da disciplina de filosofia em relação a outras disciplinas do currículo. Inicialmente, disserta-se sobre a intermitência da disciplina de Filosofia no currículo da Educação Básica, com base em Deleuze e Guattari (2010), os quais demarcam o entendimento da filosofia como criação de conceitos. Em seguida, fundamentado em Rodrigues e Gelamo (2019), entre (...) outros autores, reflete-se sobre o modo de compreender a filosofia, que pode oscilar entre uma compreensão enciclopédica com base na memorização dos sistemas filosóficos e experiência filosófica. Por fim, por meio da análise de conteúdo de Bardin (2016), a seguinte questão de um questionário que envolvia outras dez foi analisada: “Você acredita que a filosofia proporciona espaços ou momentos diferenciados em relação aos das outras disciplinas? Se sim, no que ela se diferencia?”. Das respostas dos 208 docentes, emergiram as seguintes categorias: criar conceitos, espaço para o debate/reflexão de ideias, possibilidade da experiência filosófica e superar o senso comum. Os resultados apontam, assim, em um sentido de que a disciplina de filosofia não deve limitar-se a um conhecimento enciclopédico, mas, sim, trata-se de um conhecimento que se relaciona com o cotidiano de seus interlocutores. Faz-se necessário, porém, um saber valorizar adequadamente a história da filosofia, pois, ao valorizar demais a história da filosofia, pode-se incorrer a um ensino meramente descritivista; contudo, ao não valorizar a história da filosofia, pode-se debruçar em discussões sem conteúdo filosófico. (shrink)

n the first part of the paper I will present Pritchard’s approach to Wittgenstein’s notion of hinge commitments, which is essential to his solution to the closure-based sceptical arguments. And, in the second par of the paper, I will raise some concerns that I have regarding Pritchard’s non-belief reading of the hinge commitments. In the third and final part, I make some concluding remarks regarding Pritchard’s overall strategy to solve the closure-based sceptical paradox.

This discussion of pride, shame, and guilt centers on the beliefs involved in the experience of any of these emotions. Through a detailed study, the author demonstrates how these beliefs are alike--in that they are all directed towards the self--and how they differ. The experience of these three emotions are illustrated by examples taken from English literature. These concrete cases supply a context for study and indicate the complexity of the situations in which these emotions usually occur.

This article aims to offer a fresh analysis of two passages in the extensive necromancy episode in Lucan's Bellum Ciuile: the ritual to reanimate the dead soldier's corpse (6.667–73), and the surgical procedure Erichtho then proceeds to undertake (6.750–7), resembling the practice of a vivisection. The study will focus mostly on the strong connection of magic to medical traditions in antiquity, with a commentary on, and analysis of, these verses through the lenses of medical vocabulary, themes and motifs. It ultimately (...) concludes that Lucan was familiar with the language and characteristics of the medical tradition, enriched his report with them, and was playing with his audience's knowledge of the same. (shrink)

Entende-se que os experimentos mentais são dispositivos da imaginação que podem nos fornecer crenças que constituem conhecimento. John D. Norton apresentou uma abordagem que se tornou influente para explicar como os experimentos mentais científicos podem produzir novos conhecimentos so- bre o mundo. Ele afirma que não há nada distintivo nos experimentos men- tais, uma vez que sustenta que eles funcionam exatamente como argumen- tos. Neste artigo, contestamos sua abordagem. Examinamos aspectos essen- ciais de sua abordagem, que envolvem as noções de (...) “argumento” e “inferên- cia” para mostrar que um sujeito que chega a saber algo através da execução ou condução de um experimento mental dificilmente será considerado como tendo efetivamente executado um argumento ou um processo de raciocínio inferencial. (shrink)

Jiren (畸人), literally translated as irregular (Ji) person (ren), is a critical concept in the classical Daoist text the Zhuangzi (5th–3rd century BC.).1 The concept refers to individuals with atypical body shapes. Some of them lack body parts of the standard human body, like a leg or toes. Some others have an atypical anatomy, like having a chin stuck down their navel; and some of them are, by social standards of the time, considered to be extremely ugly.1 These individuals are (...) described as incredibly virtuous. The description of Jiren individuals as virtuous does not simply aim to show there may be hidden virtues that social conventions blur. The point is not to show that we should also care for those with atypical bodies who have a hidden virtue. Rather, the point is to show that all human beings have an unconditional intrinsic value and moral worth. So, Jiren prescribes that an atypical body shape does not reflect inferiority. The variation of body anatomies should be understood as how the world is, not a value hierarchy. The concept of Jiren encourages, therefore, to consider one’s own and others’ value beyond their physical appearance. What’s more, Jiren encourages individuals to resist social pressures to fit a standard and to search inward for who they really are and accept it. This ethical groundwork set by the Jiren aims at freeing people from existing physical and mental boundaries to their well-being and helping them rethink …. (shrink)

During the oppressive reign of Louis XIV, Gabrielle Suchon (1632–1703) was the most forceful female voice in France, advocating women’s freedom and self-determination, access to knowledge, and assertion of authority. This volume collects Suchon’s writing from two works—Treatise on Ethics and Politics (1693) and On the Celibate Life Freely Chosen; or, Life without Commitments (1700)—and demonstrates her to be an original philosophical and moral thinker and writer. Suchon argues that both women and men have inherently similar intellectual, corporeal, and spiritual (...) capacities, which entitle them equally to essentially human prerogatives, and she displays her breadth of knowledge as she harnesses evidence from biblical, classical, patristic, and contemporary secular sources to bolster her claim. Forgotten over the centuries, these writings have been gaining increasing attention from feminist historians, students of philosophy, and scholars of seventeenth-century French literature and culture. This translation, from Domna C. Stanton and Rebecca M. Wilkin, marks the first time these works will appear in English. (shrink)

Delusion is one of the most intriguing psychopathological phenomena and its conceptualization remains the subject of genuine debate. Claims that it is ill-defined, however, are typically grounded on essentialist expectations that a given definition should capture the core of every instance acknowledged as delusion in the clinical setting.

AimTo evaluate the cognitive functioning of subjects practicing trance mediumship in Brazil.MethodThe study was based on the measurement of cognitive functions of 19 spirits mediums through neuropsychological tests such as the Brief Cognitive Screening Battery, the Verbal Fluency Test, the digit span test, the cube test, the five digit test and an evaluation of mental health through scales such as the Beck Depression Inventory, the Self-Report Questionnaire, and the Trauma History Questionnaire. The sample included the participation of spirit mediums divided (...) into two groups. The more experienced group with 11 subjects had more than 10 years of mediumistic practice, while the other less experienced group with 8 subjects had 1–5 years of experience. The inclusion criteria were psychophonic mediums with regular trance practices for at least one year. The data collected were analyzed using the SPSS statistical package.ResultsRegarding performance on the BCSB and digit span test, all subjects reached scores at the median or higher in comparison to standardized scores of Brazilians. Scores of 90% on the cube test and 42% on the FAS were reached in comparison to median or higher values, versus the median of standardized scores among Brazilians. On the FDT, we found statistical significance in the choice stage, with higher performance of subjects whose initial age of trance recognition occurred before 21 years old. On the BDI scale, no participant met the criteria for major depression. The SRQ showed an incidence of common mental disorders in 21% of the sample, which was more prevalent in the LEG.ConclusionThe cognitive functioning of subjects who practice trance mediumship in Brazil is associated with cognitive health. Executive dysfunction may be a tendency in LEG. However, an incidence of common mental disorders in the LEG was observed. Executive processing was higher in the subgroup with early practices of recognizing the phenomenon. (shrink)

Wording the world and worlding the word -- The kenotic utopianism of language -- God and the fallacy of identity: a theological disintoxication of the west -- The secular, a Christian contribution to the east/west dialogue -- No Christ no Jesus -- Christ beyond Christ -- Language & Co: the conditioning of God, a foray.

QUESTIONS DE METHODE I. Au contraire de Sartre qui, a partir de quelques elements cueillis dans les ecrits de HusserI concernant la conscience ima geante, a bllti sa propre doctrine de!'imagination, nous nous proposons de reconstituer, a partir de ces m~mes elements, ce qu'on pourrait appeler la theort:e husserlienne de l'imagination, c'est-a-dire la theorie que HusserI eut lui-m~me construite, s'il avait reuni en une synthese les elements qu'il a laisses epars. Une entreprise de ce genre est toujours delicate et souleve (...) des prob!emes difficiles - a commencer par celui de sa legitimite. N ous ecartons d'emblee l'objection d'ordre general qui contesterait Ie droit de systematiser dans l'reuvre d'un auteur ce que lui-m~me a laisse disperse et eventuellement inacheve. Par un tel scrupule, on sacrifie sans doute a la rigueur historique mais on est beaucoup moins soucieux de penetrer une pensee dans son dynamisme in terne et profond et, en derniere analyse, on protege les droits de l'archeologie mais non pas ceux de la culture et de son progreso Nous pensons a une difficulte beaucoup plus serieuse; de sa so lution depend l'attitude a adopter en face des textes dont nous devons nous servir dans notre etude. Nous utilisons des ouvrages qui couvrent la totalite de la car riere philosophique de HusserIl. (shrink)

The aim of this paper is to investigate the relationship between information and abductive reasoning in the context of problem-solving, focusing on non-human animals. Two questions guide our investigation: What is the relation between information and abductive reasoning in the context of human and non-human animals? Do non-human animals perform discovery based on inferential processes such as abductive reasoning? In order to answer these questions, we discuss the semiotic concept of information in relation to the concept of abductive reasoning and, (...) more specifically, to the notion of manipulative abduction proposed by Magnani. Finally, we investigate a case study of corvids’ intelligence, namely, their capacity of causal cognition. (shrink)

Ce travail s’insère dans un projet intitulé « Le discours aux frontières du social », qui vise à analyser, dans des films documentaires, l’entrecroisement des différents matériaux en jeu dans ces productions. Pour comprendre comment se formule la critique sociale, j’ai choisi d’analyser deux documentaires ayant pour thème des conflits sociaux : Tereza (« Thérèse », qui met en scène la vie des détenus dans une prison de Campinas) et Boca de Lixo (« Décharge publique », qui présente la vie (...) de personnes qui habitent et travaillent dans les dépôts d’ordures). (shrink)

The aim of this short note is to highlight a possible, hitherto unnoticed, telestich in Verg. Aen. 8.246–9, which presents the Greek word sēma (‘portent’, ‘wonder’, ‘prodigy’, ‘tomb’). To justify this identification, I will argue for its significance from its context in the poem (the battle between Hercules and Cacus), pointing out the insistence on the imagery of light and revelation, and the use of the phrase mirabile dictu, which appears in the same episode of the Aeneid, in the Latin (...) poetic tradition. (shrink)

The Ways that Big History Works: Cosmos, Life, Society and our Future reflects on how Big History helps us understand the nature of our existence and consider the pathways to our future.

In recent years, many disciplines have become interested in the scientific study of morality. However, a conceptual framework for this work is still lacking. In The Moral Background, Gabriel Abend develops just such a framework and uses it to investigate the history of business ethics in the United States from the 1850s to the 1930s. According to Abend, morality consists of three levels: moral and immoral behavior, or the behavioral level; moral understandings and norms, or the normative level; and (...) the moral background, which includes what moral concepts exist in a society, what moral methods can be used, what reasons can be given, and what objects can be morally evaluated at all. This background underlies the behavioral and normative levels; it supports, facilitates, and enables them. Through this perspective, Abend historically examines the work of numerous business ethicists and organizations--such as Protestant ministers, business associations, and business schools--and identifies two types of moral background. "Standards of Practice" is characterized by its scientific worldview, moral relativism, and emphasis on individuals' actions and decisions. The "Christian Merchant" type is characterized by its Christian worldview, moral objectivism, and conception of a person's life as a unity. The Moral Background offers both an original account of the history of business ethics and a novel framework for understanding and investigating morality in general. (shrink)

Firms engage in corporate social responsibility (CSR) because they consider that some kind of competitive advantage accrues to them. We contend that resource-based perspectives (RBP) are useful to understand why firms engage in CSR activities and disclosure. From a resource-based perspective CSR is seen as providing internal or external benefits, or both. Investments in socially responsible activities may have internal benefits by helping a firm to develop new resources and capabilities which are related namely to know-how and corporate culture. In (...) effect, investing in social responsibility activities and disclosure has important consequences on the creation or depletion of fundamental intangible resources, namely those associated with employees. The external benefits of CSR are related to its effect on corporate reputation. Corporate reputation can be understood as a fundamental intangible resource which can be created or depleted as a consequence of the decisions to engage or not in social responsibility activities and disclosure. Firms with good social responsibility reputation may improve relations with external actors. They may also attract better employees or increase current employees’ motivation, morale, commitment and loyalty to the firm. This article contributes to the understanding of why CSR may be seen as having strategic value for firms and how RBP can be used in such endeavour. (shrink)

Artificial intelligence (AI) has become nearly ubiquitous in modern society, from components of mobile applications to medical support systems, and everything in between. In societally impactful systems imbued with AI, there has been increasing concern related to opaque AI, that is, artificial intelligence where it is unclear how or why certain decisions are reached. This has led to a recent boom in research on “explainable AI” (XAI), or approaches to making AI more explainable and understandable to human users. In the (...) military domain, numerous bodies have argued that autonomous and AI-enabled weapon systems ought not incorporate unexplainable AI, with the International Committee of the Red Cross and the United States Department of Defense both explicitly including explainability as a relevant factor in the development and use of such systems. In this article, I present a cautiously critical assessment of this view, arguing that explainability will be irrelevant for many current and near-future autonomous systems in the military (which do not incorporate any AI), that it will be trivially incorporated into most military systems which do possess AI (as these generally possess simpler AI systems), and that for those systems with genuinely opaque AI, explainability will prove to be of more limited value than one might imagine. In particular, I argue that explainability, while indeed a virtue in design, is a virtue aimed primarily at designers and troubleshooters of AI-enabled systems, but is far less relevant for users and handlers actually deploying these systems. I further argue that human–machine teaming is a far more important element of responsibly using AI for military purposes, adding that explainability may undermine efforts to improve human–machine teamings by creating a prima facie sense that the AI, due to its explainability, may be utilized with little (or less) potential for mistakes. I conclude by clarifying that the arguments are not against XAI in the military, but are instead intended as a caution against over-inflating the value of XAI in this domain, or ignoring the limitations and potential pitfalls of this approach. (shrink)

This papers’ goal is to present a survey of the contemporary discussions regarding truthmakers. The emphasis will be on the characterization of the truthmaking relation and on the problems involved in universal propositions and negations.

The book, written in a clear, engaging style, contains four chapters.